sexta-feira, 14 de março de 2008

Você aprende, eu aprendo...mas nós nunca aprendemos

Bem, esse texto, quando o li pela primeira vez, me impressionou muito, lembro como se fosse hoje quando o enviei para a garota que eu achava perfeita, pois estava apaixonado, agora concordo com o Immanuel Kant, " A Busca pelas paixões é o abandono das razões"!

Com o tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se e, que companhia nem sempre significa segurança.

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil.

E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e, o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o Sol queima se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe, alguma pessoas simplesmente não se importam…

E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que leva-se anos para construir confiança e segundos para destruí-la e, que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distância.

E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida.

E bons amigos são a família que nos permitiu escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada e, terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser e, que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão e, que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem a ver com os tipos de experiência que se teve e o que aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais de seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mais isso não te dá o direito ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que quer que ame, não significa que esse alguém não ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar para trás.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte e, que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida.

Nossa dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

Willian Shakespeare

DA-LHE XEIQUESPIÁ!

quarta-feira, 12 de março de 2008

Princesas ou putas.

Bem, fiz essa crítica do filme Princesas, e fui usar o Mirc(sim, sei que é antigo pra caramba), já que o pessoal da minha cidade está tentando tirar o nosso antigo e tão querido canal, das catacumbas.
Ao entrar no Mirc, tive algumas discussões com algumas pessoas sobre o carnaval, eu falei que simplesmente eu não pagaria 250 conto para ir num show de axé, pois a música é um lixo, e não há nenhuma comunicação útil. Me disse um: - É, mas dá pra "garrá" bastanti mulé lá!
Eu: - Pois se eu precisasse gastar dinheiro pra pegar mulher, me dirigiria logo a um puteiro e pagaria menos!

Uma menina disse: mas lá no puteiro não tem mulher, tem puta!

OBS: ISSO FOI NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER!

Cai então numa discussão frenética, e aprendi um pouco, como até eu sou preconceituoso...
Em certo momento da discussão fui questionado: - Então você namoraria uma "prostituta??"
Por frações de segundos eu questionei a mim mesmo, mas acabei respondendo: - Eu não namoraria nem uma axezeira...
Não acho que as putas sejam menos mulheres ou humanas, mas creio que, eu não as namoraria, da mesma forma que eu não namoraria uma axezeira, ou uma "emo". Incompatibilidade de personalidades, mas se eu achasse uma, que decidisse ficar só comigo, e eu realmente amasse, não vejo porque não.
E vocÊ? O que você acha disso tudo? :)
Bem, espero que gostem da minha crítica.
“Só existimos porque alguém lembra de nós, e não o contrário”.
O filme conta a historia de Caye, para as colegas – ou “Calle dolida, calle sufrida, calle cansada de tanto amar”, como diz a música tema do filme (por Manu Chao) que brinca com o duplo sentido na pronunciação do nome da personagem e com o significado de calle (rua em espanhol, e fazendo referencia a a expressão coloquial de "hacer la calle", em espanhol, se prostituir). Esta é a temática de Princesas, que não aborda as garotas de programa como vítimas ou heroínas, ao contrário do senso comum.
Cayetana, de forma surpreendentemente humana, é uma prostituta de boa condição econômica, diferente da marginalização que envolve a prostituição em geral das mulheres.Como em toda profissão, nota-se o forte vínculo de amizade entre as colegas. Entretanto, há uma enorme rivalidade com as imigrantes, que trabalham como prostitutas por necessidade e que vivem num padrão de vida mais baixo em relação ao das espanholas – o que gera constantes conflitos. “É um problema de mercado, lei da oferta e da procura, eu vi o ministro dizer isso na televisão”, comenta uma das prostitutas espanholas, Gloria (Llum Barrera), para justificar a concorrência.
Entre os conflitos, Cayetana perde um cliente para a sua própria vizinha Zulema (Micaela Nevárez), uma dominicana que se prostitui para mandar dinheiro ao filho em sua terra natal. Num ato de solidariedade, que a princípio parece provocação, Zulema deixa na porta de sua rival o dinheiro ganho por ela com o cliente. Ao entrar no apartamento de Zulema, aparentemente para cobrar satisfações, Caye encontra a colega espancada, e a leva ao hospital. Começa então a amizade que dá sentido humano ao filme.
A principal preocupação de Fernando Léon de Aranoa (direção e roteiro) foi justamente humanizar as garotas de programa. O filme toca o expectador pelo realismo, onde as prostitutas são vistas como pessoas comuns, com seus respectivos problemas pessoais, inclusive os afetivos, e seus sonhos, mas tudo ignorado pela sociedade.
O filme traz ainda o drama amoroso de Cayetana. A profissão é uma barreira instransponível para que ela viva a sua grande paixão. Enquanto Zulema nos traz a frieza do submundo da prostituição, como uma princesa fora de seu reino, Caye é outro tipo de princesa, que sonha com um principe que a vá buscar na saída do trabalho. E assim o filme faz uma comparação dos extremos do mundo das garotas de programa.
As princesas são essas mulheres que mantém um reino a todo custo, ainda que imaginário. Uma vez que, longe deste reino, morreriam de tristeza. Essa é Zulema. Princesas é uma joia, emocionante, bela e dura, que cruza muitas fronteiras e tabus para mostrar como no meio da miseria pode nascer o melhor dos humanos.
A verdade do filme, atenta nos olhos tristes de Caye; ao jantar junto a sua mãe, que resolve Palavras-cruzadas; no sorriso final de zulema; em um silencio divido numa cafeteria; em todo aquele que nos permite sentir o que vemos sem que nos seja assinalado. Enquanto podemos apreciar por nós mesmos as pessoas que transitam por essa ficção, León de Aranoa atinge seu objetivo de as fazer reais.

Vale a pena conferir!

Criação

- O que eu espero ao criar este blog...

Na verdade toda criação não pertence a consciência do criador, mas ao fulcro de pensamentos e sentimentos confusos que nos impulsiona a criar. Ora, nunca vamos ver um pintor melancólico fazer uma obra de arte "feliz" usandoa a consciência.

Parto do pressuposto que, se crio, tenho necessidades. Se não as tivesse, não criaria nada, pois criar também pede que mantenhamos, conceito que eu aprendi cedo com Saint-Exuperri, lendo o pequeno príncipe: "...tu te torna eternamente responsável pelo que cativas..."

- O que eu espero dos leitores?

Críticas construtivas e sensatas. Moldadas em argumentação e bom senso. Compreensão. Não busco partidarismo ou concordância, pois há a possibilidade de se compreender o "porquê" e ainda sim "discordar" das atitudes.

- Os truques.

Procuro também reunir neste pequeno blog, um pouco dos meus momentos, para que eu possa lembrar como era, e me posicionar melhor, tendo referência do meu passado e usando a auto-jurisprudência :)

Obrigado a todos, tenhamos uma boa viagem!